domingo, 29 de outubro de 2006

O First Impressions Of Earth



Trata-se de citações dos adjetivos em cada cd dos Strokes.

Ao início. The Modern Age é lançado como EP, em janeiro de 2001, com três músicas. Em Fevereiro os Strokes ganham tamanho público na Inglaterra, lotando shows, cada vez maiores.
“Sejamos francos: os Strokes são os filhos da mãe mais quentes do momento. Eles viajam no romance e na paixão do punk rock nova-iorquino, mostrando a poesia urbana com fúria em canções pop que misturam amor, ódio e luxúria, além da agonia cortante da incompreensão “(New Musical Express, 17 de fevereiro de 2001). Agradou as gravadoras e posteriormente foi tão bem divulgado por revistas independentes, que gerou uma quase-guerra entre gravadoras. Depois de contrato assinado, e com músicas que já haviam ganhado sucesso, os Strokes lançam em 2001, Is This It. Melodias refinadas, duas guitarras distorcidas que "grudam" na memória, entravam no tempo com uma bateria pulsante e "agitada", em 'Last Nite'. Em 'Hard to Explain' eles combinam garage rock com melodias fascinantes, uma música que pode ser considerada uma das melhores músicas do disco. Sobre o Is This It, muita gente já sabe mas vale ressaltar, sua capa original foi censurada no "grande" país Estados-Unidos, além da capa a música 'New York City Corps', censurada na última hora, por causa dos ataques terroristas a NY, pois naquela época a mídia americana queria evitar ao máximo uma exposição dos “heróis” do 11 de setembro. Porém para a felicidade dos ouvintes não americanos a música foi incluída no CD distribuído para os outros países inclusive a versão brasileira. Mais tarde seria considerado um dos 500 melhores cds pela Rolling Stone.

Room On Fire. É errado afirmar que seja quase que uma continuação do Is This It. Como o comentário-não-legal “A mais esperada segunda edição desde o Novo Testamento” feito pela revista Spin, que assim classificou o sucessor do bombástico Is This It.

Traz grandes melodias, e um rítmo diferente do Is This It. Bem percebido na 12:51, com uma guitarra solo impressionante, tocada nota sobre nota acompanhando os vocais, prova que a simplicidade deste cd é genial. Julian Casablancas, que virou noite na época da finalização do CD em busca do melhor disse: “Eu não quero que meu disco soe como a demo. Quer dizer, eu gosto da vibração da fita demo, mas ela é outra coisa”. Simples em pessoa, o grande Julian Casablancas. Pois mesmo sem ser uma super-produção, o Room On Fire é muito bem gravado e ordenado, com tamanha variedade em timbres.

Vamos lá! First Impressions Of Earth. Chega em momento de grande sucesso na carreira dos Strokes, onde já se foi conquistado milhões de fãs, o que gera uma "descontentação", traz ainda uma grandes críticas na mídia. O que em minha humilde opinião é errado de se afirmar. Comparar 'Reptilia' com 'Vision Of Division' é uma tarefa fácil. Se vê harmonias impressionantes, complexas, vocais mais agressivos ainda, bateria mais pulsante, ritmada. Em todo o tempo de carreira duma banda, é necessário uma mudança, experimentar ritmos, deixar de lado as comparações é a melhor coisa a se fazer. 'Juicebox', o primeiro single, nos deu uma boa amostra daquilo que poderíamos esperar do novo disco, gerando grandes expectativas. E muitos estão a dizer que depois desta não se vê coisas tão boas pelo resto do disco. Mas o que é isso?

'You Only Live Once' começa, e vemos logo a grande mudança, mais harmonias ( progressões, acordes ), distorções e os vocais superando os instrumentos, talvez este seja um dos grandes motivos pela descontentação, nos outros os vocais eram mais "sujos" se encaixando bem nos instrumentos e não se elevando.

'Heart in a Cage' traz ainda mais velocidade e harmonias complexas, melodias bacanas, mas só complementam as harmonias, que neste disco se é bem ouvido, percebemos ainda nesta música a bateria, já falada aqui, mais ritmada, com mais velocidade mais ampla, mais pratos.

'On The Other Side', para muitos uma descontentação ainda maior. O que não é certo de se afirmar. Trata-se de uma música bem dividia, baixo baixo e bateria pusantes, duas guitarras que nos lembram as antigas, uma em harmonias progressivas e a outra em uma melodia que continua, continua. Massa! O refrão por muitos é um desgosto, mas vamos, que mal há? Uma repetição, letras em "sintonia" com os instrumentos. Quando nos vem os pratos, começa mais uma frase, e a música está para se repetir, para muitos cansativa, mas vejamos a própria letra.

'Razorblade', vem com geniais riffs de guitarras um vocal que nos lembra bem muitas do Is This It.

Aparecem depois grandes músicas, grandes guitarras, baterias, um baixo pulsante, quando nos deparamos com 'Ask My Anything', estranhamos. Mas vem a nós um som calmo, não presenciado ainda em nenhum dos cds dos Strokes, Nick Valensi acompanha os vocais em um instrumento genial, e a música acaba. Belo.

Tem antes ainda 'Vision Of Divison' que nos parece os arranjos de 'Heart In A Cage', outra música genial.

Bons momentos aparecem ainda com 'Fear of Sleep' e 'Evening Sun'.

Os Strokes mudaram. Uma verdadeira mudança, e muitos ainda dizem ser um álbum muito pensado "o que estraga". Que é errado, bem pensado e com arranjos geniais, e uma mudança de som. Não encarem como mais um cd, nem comparem com Is This It, que somente foi o início de tudo, uma futura influência para os álbums a serem lançados.

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